Vasta dor de sentimentos que procuram respostas numa noite sentida deste dia vivido de perdas…sou como um pássaro que canta no nascer do dia neste abismo que levou-me para lá da imensidão que esvazia a minha vida…
Ainda acordo por vezes com o sabor de te ter perdido , imagino-te na minha mente mas não é real…sonho acordado enquanto os sentidos organizam-se na visão das estrelas do meu olhar.
Cansado e ausente do meu corpo , perco-me por abandonos despidos de pudor e preconceito…picadas no meu corpo e pele vermelha de dor , acalmo-me para abrandar a sua reacção…mas que fica após a solidão ?
Será uma oração nas mantas do coração ou apenas a dor de ficar sem a tua mão…
Sentidos perdidos os meus…não quero voltar a sentir esse sabor enquanto tento levantar-me nas rochas perdidas na floresta , nada move-se a não ser os cânticos e vozes da igreja…podia o vento levar-te para longe mas a mente pesada bloqueia as estradas de alcatrão sujo.
Vagueio e vagueio sem encontrar respostas , sentidos e oportunidades…agarro-me aos prazeres que alimentam a minha realidade do Homem que fui e já não sou…viajo ao lado do Homem que um dia foi…esse Homem é o meu avo que sempre me acompanhou.
Pela estrada continuamos mas nunca percebi o seu olhar…mas minto ao dizer , pois já o vi a chorar.
Doente talvez continue mas nunca será mais forte que o meu viver , no dia em que morrer nunca te irei esquecer…agora unidos que força foi essa que nos juntou ?
Gostava de partir com o sabor da gloria , amar novamente e fazer parte da historia…
Preciso de mim , preciso de ti…mas não te encontro.
Entre a fobia e o medo sou a morte que ainda vive que por algum motivo sobrevive.
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