quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sinais ilusórios

Eu olho por frestas...
Eu olho por fissuras...
Eu olho e estou deitado ao teu lado

Respiro mas não sinto o teu corpo junto ao meu...

Dormes...olho para ti e vivo no escuro desta noite
onde a chuva cai delicadamente...
gostava de saber o que os teus sonhos revelam
os meus estão acordados num corpo frio e real.

Eu sei que cheguei tarde...sei que te desiludi mas tentei.

É o fim meu amor
É o fim do vaguear nas tuas ruas
É o fim dos meus passos na madrugada...

Será uma partida realizada pelo destino que escolhi , mas ele escolheu-me a mim...

Longe das frestas
Longe da dor
Perto do abismo nas estradas que percorri ao teu encontro
Chegou a hora...umas bem bonitas !

Mas todas elas sofridas por não ter visto os sinais de aviso.

No final toda a estrada tem uma historia por contar.

A minha foi uma ilusão...

Fluidos da vida


Demasiado velho...demasiado tarde.

Jovem...muito jovem , livre e preso nos sonhos...
Nesta eterna juventude a que chamo a mais estranha forma de vida.

Nada dura...nada pesa.

Renasce os nossos pensamentos em quartos fechados...
a chave perdida é difícil de encontrar , lembra-te que acabas-te de a engolir.

O corpo trabalha...as veias gritam.

É triste saber que estou longe de chegar ao ponto que quero
estou tão longe e aparte deste Mundo e Sociedade...
procuro constantemente por algo que me alimente , aos poucos vai-se escapando do meu coração o amor que procuro...talvez esteja a esquecer o passado dum amor perdido.

Nada procuro , nada sinto...
mas gostava de voltar aos dias do meu orgulho , sentir-me bem ao vaguear sozinho
sentir a noite e ouvir o som da minha chegada...o vazio da vida.

Por momentos vejo algo surgir...
talvez esteja a voltar novamente os sentimentos perdidos
preciso de mais forças para continuar.
A mulher que não me diz nada...o seu rosto a sua alma , estou ausente de carência
é como uma doença...febre de prazer fisiológica.

Gostava de parar por momentos e olhar para os olhos de alguém...
sentir um pouco de toque real , mas é tarde para surgir novamente algo puro.
Gostava de dar mais...mas é difícil
a fragilidade dos dias , os pensamentos inseguros , o medo do que já prevejo
ou aquilo que vou sentir sem controlar os impulsos do meu corpo.

Ao menos algo já vai fluindo naturalmente...
é bom sinal mais sei o quanto custa permanecer nesse estado gratificante.
Deitado , sempre deitado numa esperança duradoura da alma...
da vida que quero ter...do Homem que sou feito com o decorrer dos anos
numa conquista sem nome e identidade ou razão do sentido das coisas.

Sinto que já nada é como dantes , é difícil...impossível
de realizar novamente sonhos e memorias desfeitas.
Que o vento as leve neste meu sopro como uma mensagem de socorro ao Amor...
ternura...aceitação , Amizade e identificação com o meu ser.

Espero...não quero alcançar.

Só quero ficar e deixar-me ir por um reflexo solar na agua calma ao entardecer...

domingo, 26 de abril de 2009

Visão virgem

"A árvore quando está sendo cortada, observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira."


Beleza , toque e textura...

Dura e agreste , mas é apenas o seu exterior
que esconde as lágrimas interiores da sua dor
virgem na terra...usada
pelos demónios na cabeça dos homens.

Crua e nua , despida sem pudor
é tão pura...e só mata por coincidência

A sombra dos meus escritos
protege as sombras do meu corpo
os ramos dos meus dedos
são tão frágeis como o Amor que pretende dar

Podemos por vezes nos perder...
porque não conseguimos caminhar de olhos fechados
o escuro é apenas um dom que não devemos temer

Se ouvirmos com atenção o som da floresta...
descobrimos também que ela esta só.

Choram e gemem quando no silencio se encontram
mas se o vento vier...
apenas vemos a mistura alegre do seu dançar
somos pequenos diante daquilo que nos eleva
devemos respeito quando no seu território nos encontramos

Apenas assim e naturalmente nos encontramos a nos próprios...

Pontas quebradas


Falso herói com uma garrafa de whisky ao lado...
debatendo-se com a idade e celebrando
a sua fraca memoria vazia...

Sou sensível , sou fraco...
sou pele e osso , sou carne...

Sem alimento...estou branco
e vou-me desvanecendo do meu corpo
numa fraca e invisível luz

Enjoa...

Sou a crise que desfaz as recordações
e terríveis pensamentos...
acido e quente estômago
coração submerso de dor
gelo escondido , derretido nas veias dos meus pulsos...

Estou gasto , sou podre...

Desço pelo elevador do inferno...
eu não pedi a vida que tenho...ou aquilo que sou
mas sei que me transformei na merda que cago

Cobarde , parasita com sentimento
expulsa sensações num olhar esgotado...
correndo parado nos mesmos sítios
ando de forma estranha
nas palmas das minhas mãos queimadas de solidão

Cruel sentir , cruel partir...

Anos de loucura sufocantes em dias de calor
secos pelo sal vindos da brisa do mar
partem-se folhas secas...castanhas
quebradiças mas sem nada sentir...

Gestos
Veias
Alucinações

ACORDEM !...é o nascer duma nova noite...
curada pelas cicatrizes da alma...

Cabelos agitados , corpos quebrados...

A terra num só movimento....a vida numa só ponta.

sábado, 25 de abril de 2009

Vida interrompida


Fraca , subtil forma...
pouco dotada fisicamente
quando o corpo não resulta
tenta-se usar a inteligência...

Estranhos trilhos...
corredores onde me perco para sempre
gritos em labirintos...o grito do animal
procurando o Homem perdido...

Áreas libertadoras...
assim canta o renascer da cidade perdida
numa mancha vegetal no desfiladeiro
dormem e descansam os espíritos sagrados
orando e venerando os seus antepassados...

Preciosas árvores agitando-se
ao som da folhagem , dando
ao mundo os seus frutos luxuriantes
e envolventes rochas

tentáculos envoltos de sonhos
incidentes não voltam a acontecer
se o homem sábio e velho souber um dia morrer...

Mestres que estão no topo das florestas...
guardiões passados abruptamente
rendidos ao cérebro...
dando ocultamente segredos ancestrais
de entrega e procura na passagem pela terra

Fenómeno das grutas escondidas do universo...

Abaixo
Abaixo
Bem abaixo
Muito abaixo

Toda a linha da vida tem uma interrupção...

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Salvem-me...


Até que profundidade...
consegues ir até tocar na ancora do meu coração
num mar mergulhado protegido pela aceitação
de ternuras do teu rosto.

Preciso de ar nos meus pulmões
beija-me numa relação perdida
encontra-me nesta viagem
não quero morrer sem sentir o teu sabor...

Agua límpida caí pacificamente
a magia torna-se realidade
nesta floresta húmida , perdida...
corremos contra o tempo num Mundo antigo
os lobos do mar estão a chegar...

Misteriosa e rara , ameaçadora...
nas cortinas da noite da paixão
impaciente , uivar numa melodia
bela e tranquila no teu corpo ao amanhecer.

Olhos dominadores...
chegam as horas sem demora
criando dissabores numa cauda negra
balançar na partida

GIGANTES aguardam...

Atentos e velhos acasalamos enquanto morremos
que crias restam nesta luta hesitante...

Oh pedras magicas num ritual de poder
nas entranhas do caos surge a paz
espíritos do mal atacam os homens
feitiço...nas ilhas misteriosas
pela sentença diabólica das trovoadas...

SALVEM-NOS...estamos fugindo do Diabo...

Salvem-nos da tortura...

Salvem-nos do Homem e Animal...

Salvem-me.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Vida e Morte



Não sei porque agora o meu sono é tão calmo e ausente...
jaza num santuário solitário e frio...sinto o escuro num agradável estado de alma que purifica o fundo sentido da noite...

A Confusão que me faz levitar da cama , gostava de entender em que parte do meu destino encontro-me...será o principio...

meio ou fim...vivo no passado , não existe presente e o futuro esta presente por vezes.

Sentado...treme o corpo procurando o conforto mínimo da ânsia e medo que chega sem sentido , podia por momentos abraçar algo...mas agarro-me à única coisa que tenho...EU MESMO.
Jardim calmo sempre acompanhado do vento e sua brisa...fazendo renascer a rosa dançante no seu desabrochar...

AHHHHH !

ESCUTA...SILENCIO !

OLHEM COMO O CÉU SE TRANSFORMOU...

Sabes no que penso...sabes o que sou ?
conheces o profundo do meu ódio...
eu não sinto nada , sou por vezes o nada que gera sementes de morte.

Verde , a morte verde dentro de mim...
que faz-me permanecer ainda estagnado em agua suja
repleta de pequenos animais que são imunes à sua doença.

Estou à bastante tempo parado sem actuar...paralisado pelo medo e fobia
mas um dia irei renascer das cinzas e tornar-me no fogo quente...
para alimentar este desejo de te ver num banho de sangue...
roxo nas tuas veias salientes...na dor que vais sentir ao ver-te gritar silenciosamente...

IMPLORANDO que não te arranhe com as minhas unhas sujas de rancor...

Tarde... , preciso da força do mal seja ela qual for...que me faça levar ao espaço onde te amei.
Quero vaguear nas tuas ruas , quero ver os teus passos , percorrer estradas duras e frias da mesma maneira que me deixas-te de amar...

Vou encostar-te a uma parede...faço sexo ou amor contigo ?
ainda tens aquele olhar brilhante ao fazermos amor...
dizias que o meu mudava por vezes...e assustavas-te.

PUTA desconhecida vou-te abrir as pernas...não paro enquanto não gritares ! prefiro fazer amor com um cabra...

Ao puxar-te os cabelos irão prender-se as memorias sem retorno , ao rasgar-te a roupa irás pensar que estou a ser demasiado bruto...mas vou-te morder até que a tua pele ceda o sangue nos meus dentes podres e estragados...

Queres uma vida nova ?

Eu dou-te um pouco da minha amiga dor...
dou-te o sub-solo infernal...
dou-te a merda do sémen , a tua boca porca...ainda sabes pronunciar as palavras que sentes.

INVOCA...

dentro de mim o mal negro , obscuro cruel ser dos teus olhos...
dá-me o poder e força para chegar até ti...
geme e aclama a minha alma...

Olhos de cavalo assustado...diabo no corpo.

Mulher deitada envolta do pano branco , queima a minha pele...a tua já esta marcada pelas mãos da humanidade...

Dia e noite...vida e morte , um dia chegara o momento...

ESPERA...verás-me chegar ao fundo no horizonte insano da besta...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Ponto de partida / Starting Point



Ponto de partida


Custa novamente passar os dias
numa forma de ligação a mim
estou perdido sei olhar de sombras
fujo num fim próximo que me faça andar sozinho
mas com sentimento de felicidade

Sinto-me cansado...
preciso repousar o meu corpo
pálido estou com o pensamento
que perdi mais umas horas afectivas...

Sonhos os meus sem sentido
relembro a tua casa fria adormecida
corredores e paredes nas entradas dos nossos passos
que aclamavam o nosso amor eterno...

Fiz um esforço para chegar até ti
beijei-te depois do abraço sentido
segui-te mas sofri nesta minha dor por ti...

Curtos momentos...
grandes se tornam depois de acabar
nos teus lábios perdia-me...
na tua pele acariciava o sabor amargo do teu medo
nada permaneceu...eu bem tentava que o tempo fosse mais longo...

Segue o que o destino te reservou
sei que permaneces no ombro de outro alguém
ao menos sei que me amas-te...mas eu fiquei sem ninguem
aprendo a viver novamente
aos poucos levanto-me mesmo sem forças
anos irão passar e a historia da tua vida completa
a minha nem sempre foi correcta...

Porque fiz tudo à minha maneira

Agora sou um homem livre
com o tempo descobri que não me merecias
continua a correr-me nas veias o veneno que me deixas-te...
mas fiquei imune de vez para a próxima

Fiz um esforço para chegar até ti
beijei-te depois do abraço sentido
segui-te mas sofri nesta minha dor por ti...

Starting Point

It costs again the days to pass
in a connection form to me
is lost I know glance of shades
I flee in a close end that makes me to walk alone
but with feeling of happiness

I feel tired...
need to rest my body
pale I am with the thought
that lost more one hours affects...

Dreams mine without sense
I recollect your made sleepy cold house
runners and walls in the entrances of our steps
that acclaimed our eternal love...

I made an effort to arrive until you
I kissed you after the hug sense
I followed but I suffered in my pain for you...

Short moments...
big they become after ending
im lost in your lips...
in your skin it caressed the bitter flavor of your fear
nothing stayed well ... i tried that the time went longer...

It follows the one that the destiny you reserved
I know that you stay in the shoulder of other somebody
at least I know that you love me ...but I was without anybody
I learn how to live again
to the few rise even without forces
years will pass and the history of your life completes
mine not always it was correct...

Because I made everything to my way

Now I am a free man
with the time I discovered that didn't deserve me
she continues to run me in the veins , the poison that you leave yourself to me...
but I was once and for all immune for the close

I made an effort to arrive until you
I kissed you after the hug sense
I followed but I suffered in my pain for you..

sábado, 18 de abril de 2009

Vivo esperando a madrugada / I am always waiting the dawn ( New Lyric )



Vivo esperando a madrugada

Junto da fogueira ardem troncos
já nas brasas brilhantes...
quentes na noite húmida e cinzenta
sentado com os dedos cruzados há procura do sinal que me mova até ti...

Visão a minha desfocada
procurando manter os pés em terra , chuva...
miúdas nos vidros do carro
limpos pela sanidade da minha alma...

Estrada a minha em construção
sinais de aviso nos caminhos do labirinto
que me leva sempre ao lugar onde desejo estar...

Vivo na esperança fora de mim mas dentro de ti
procuro-te na noite distante...eu sei que iras aparecer num sonho discreto.

Por baixo de mim treme este chão
paredes e vidraças que não se movem
fixo o meu olhar conforme a melodia chora...
não olho em redor porque sei que sinto se o teu corpo vier

Calmo ando lentamente...
encosto-me a pensar no vazio
procuro o sentido divino da paixão

Porque pequenas coisas alimentam as grandes...

Se o Homem souber respeitar a sua dor e desejo
num coração desfeito quando surge a madrugada...

Vivo na esperança fora de mim mas dentro de ti
procuro-te na noite distante...eu sei que iras aparecer num sonho discreto.

I am always waiting the dawn

Near the bonfire changes burn
already in the brilliant embers...
hot in the fog night and grizzly
sit down with the crossed fingers i search of the sign that moves to you...

Vision my fog
trying to maintain the feet in earth, rain...
girls in the glasses of the car
clean for the sanity of my soul...

Highways mine in construction
warning signs in the roads of the labyrinth
that always takes me to the place where I want to be...

I live out in the hope of me but inside of you
I seek you in the distant night ...I know that anger to appear in a discreet dream.

Underneath of me this ground shakes
walls and glasses that don't move
fixed my glance as the melody cries...
I don't look at about because I know that feel if your body comes

Calm I walk slowly...
on the wall to think in the emptiness
I seek the divine sense of the passion

Because small things feed the big ones...

If the Man knows how to respect its pain and desire
in an undone heart when the dawn appears...

I live out in the hope of me but inside of you
I seek you in the distant night ...I know that anger to appear in a discreet dream.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Vem e parte como és...( para ti que não te esqueço )


Esta noite escrevo para ti...é estranho porque é a primeira vez que o tento fazer.

Talvez ao longo dos anos que passaram após a tua morte ficaram oprimidos os pensamentos , emoções e sentimentos...mas nunca te esqueci por momento algum.

É difícil...éramos jovens , miudos na flor da idade...custa sair muita coisa agora , pois eu já não sinto aquela guelra de ser eternamente jovem e imortal.
Sempre tentava meter-te medo , especialmente com figuras da morte...talvez tenha sido um pouco cruel para contigo mas era um puto estúpido , e tu também eras um puto...

Sim ! completamente desparafusado , ainda me lembro das vezes que vinhas a chegar ao fundo da rua na curva e eu olhava pela minha janela à tua espera contente.
Eram apenas 16 anitos...eras culto e inteligente , mas eras contra esta merda toda... nunca analisei no que pensavas em relação à morte mas dizias que o farias um dia.

Nunca acreditei apesar de me preocupar...sim estavas mal e houve momentos que nem sempre estivemos juntos...eu afastei-me , mas não por mal.
Por vezes dou por mim a pensar que afinal ainda estas presente , sonho varias vezes que ainda estas vivo...que apenas estiveste ausente e tornas a voltar.

As vezes choro á janela...que sofrimento era o teu ?

Lembro-me quando competíamos na filosofia dos temas e conversas , tu eras assim...orgulhoso e convicto...eras um puto fixe do meu sangue , que ouvíamos Foo Fighters , Temple Of The Dog...eu era apanhado por Pearl Jam e tu por Nirvana...sim uma grande referencia para ti Kurt Cobain...afinal foi o ultimo CD que tinhas na aparelhagem na noite anterior...

NEVERMIND...

Deixas-te uma carta de despedida , muitos nomes...e mensagens , mas o meu nunca mencionas-te...porque ?

Se por algum motivo ainda vagueias por aqui...espero que encontres a luz , por aqui esta uma verdadeira merda...

Diziam que éramos a Geração rasca , agora olha no que esta sociedade se transformou.

Os tempos mudaram...

Ten Desculpas por tudo , sempre gostei de ti...

Sinto Saudades...






Memorias



Comentário : O pedido foi feito...e assim passou , muitos sentaram-se e outros levantaram-se...alguns pareciam mais zombies a dançar...mas eu curti que nem um depravado esta musica.

* Sorry too Tiago...

Rock sentido cá dentro


Acordado na noite solitária

deitado na ilusão do meu corpo

que me faz despertar o desejo

de encontrar-te na noite da catedral do rock


Sinto medo..MAS


levanto-me com pensamento e emoção firmes

visto o casaco das recordações velhas

e preparo o rock sentido cá dentro...

não fujas mais , eu não partirei...

não irei fugir , tu não irás partir

faz-me acreditar eu quero sentir , que ainda te vou amar quando a morte sorrir...

Sente o gelo dentro de ti e abra os olhos novamente...


Rock sentido cá dentro...

podíamos dormir os dois e acordar no Inferno

Rock sentido cá dentro...

chama por mim e faz-me acreditar no homem que sou...


Guio pela estrada na esperança de te ver dançar...

talvez estejas encostada num canto á espera para te abraçar...

quero-te junto a mim , quero o desconlhecido

o Amor as vezes funciona mesmo com o teu corpo ferido


Sinto medo...MAS


A vida começa na manhã

quando os corpos já estão cansados

permanece uma força oculta

quando me perco nos teus olhos esgotados

Sem dura partida , despe-te

para me perder...

se depois quiseres partir ao menos deixa-me no teu corpo reviver

Sente o fogo dentro de ti e fecha os olhos atentos...


Rock sentido cá dentro...

podíamos dormir os dois e acordar no Inferno

Rock sentido cá dentro...

chama por mim e faz-me acreditar no homem que sou...


Thanks Grace for the help and suggestion...

domingo, 12 de abril de 2009

Ao longe a dor... ( Letra recente )

O meu olhar perdido bem no fundo do pesadelo...chamei por ti mas o pastor morreu.
como quem chora por amor e não consegue gritar
virei as costas na estrada passada e encontrei na crueldade dos teus lábios o sono profundo da nossa casa...

Verão acidentado na estrada , olhos de negro a colorir
foi-se as perdas e conquistas como a lentidão dos meus passos
nem olhar atento , nem porta esmorecida...era apenas um gesto de palavra que agitou uma ferida.

Caminhos ao longe a dor...nunca chamas por mim amor !

Parece a partida ser mais certa que as horas de alegria e satisfação
podíamos desta vez cantar uma canção mesmo sem flores na mão...

Descobri que não tenho o Mundo , mas um Mundo tenho...

O dia da minha chegada surgia com o chamamento da tua voz
corpo no corpo nós descobrimos o eterno sabor da noite
oh...! queria eu enganar a dor...mas no fim saí perdedor.

Caminhos ao longe a dor...nunca chamas por mim amor !

Corações sangrentos

No chão quebrado e enrugado seco como a pele e toque , chora o coração em lágrimas de sangue destroçado...

Nos momentos que esses corações choram não estão cegos ...revelam sentimentos perdidos nas asas dum anjo negro...como quem quer voar e alcançar um ponto mais alto , ver o Mundo bem do alto e esquecer o sentimento de abandono da suave e amarga partida...que resta da vida , incerteza nos caminhos cruzados ao avistar perdas esquecidas.

Rebelde ser do tempo , cresce o murmurio fantasma da alma aniquilada , podíamos absorver memorias de outras vidas passadas nos momentos em que a paixão passa por nós sem nos ver , num sinal de gratidão e salvação que faça renascer um amor sentido.

Estou prestes a cair na solidão e adormecer no sono profundo da razão...o rosto escondido atrás do olhar triste , cabelos onde me perco sem rasto...ninguem pode seguir os meus passos porque não deixo marcas visiveis nas suas mentes...distante estou a tentar fechar o meu Mundo pulsante invertendo a ordem dos ponteiros sufocantes.

Sangra...

Sangra cada vez mais sem cura e remendo o escudo protector refectido na espada firme nos punhos ansiosos e dormentes da noite...

Loucuras num estado doentio consciente em curta duração na sensação dum corpo ardente , inconsciente e paralisado sinto-me um prisioneiro pronto a ser executado...será a solução alternativa do meu enforcamento , queda instatantanea em camara lenta do meu corpo...

Não me conheço...tranformei-me na cinza do mal.

Fora de mim...

Livre do corpo , fora de mim...estou prestes a ver-me surgir no ar dos meus pulmões limpos , fumo que queima os meus olhos com sorrisos ocultos nos meus pulsos que deixo de sentir...tento manter os olhos abertos despertando uma vida que não tenho.

Medo deitado ao pensar , variação das cores e luzes que tentam não turvar , calma e espanto ao acordar nas horas mortas a passar...

Bebo a agua doce , o coração acelera e palpita a respirar...ando dum lado para o outro sem conseguir chorar , sentimentos que não alcanço nestes dias sem igual procurando algo que me faz acreditar que ainda estou vivo.

tempestade que avizinha-se e vento que advinha no céu aberto de nuvens negras na chuva oprimida...quantas gotas irão cair para formar o lago dos desejos , atentos e tensos continuamos acordados nos sonhos desfeitos , erramos sempre por defeito mas crescemos enquanto dormimos no real pesadelo....

Cresce o cabelo...cresce a barba do homem feio que todos querem odiar , nada se faz mostrar a não ser a incerteza que o meu olhar quer alcançar...é triste saber que nada sou mas que um dia gostaria de mudar , amanhã serei aquilo que o passado transformou num presente balançar.

Medo

Medo este que envolve-me...

Sente mais uma vez a espada de ponta afiada que nunca será tão perfeita como o seu próprio corte...

Agua tratada nas suas partículas depositadas no fundo do solo , debaixo das pedras encontra-se o alimento escondido...é assim que se descobre os sentimentos ocultos no coração , difícil de encontrar...difícil de tratar.

Vamos continuar pelo caminho imposto , sons da noite , melodia celestial nos passos que pisamos de folhas secas em redor do fumo frio e solitário em busca de duras paisagens...agradável estado de alma que acalma a fúria vencida...altos montes , rastejar de pé...imóvel e quieto permaneço junto á porta sagrada.

Sussurrar da brisa...não vejo o mal que por mim passou , agarro a vida como quem renasce duma dor sofrida.

Envolvente calor humano afastado no tempo procura esquecer a dor e tormento...como quem prende um amor impiedoso como quem odeia um Deus leproso...
Maquinas do tempo deixam de existir na nossa mente , pensamos avançar mas os ortodoxos passados continuam a mandar,venham descobrir que besta é esta que se faz mostrar...atrás das costas a dançar.

Sentidos perdidos

Vasta dor de sentimentos que procuram respostas numa noite sentida deste dia vivido de perdas…sou como um pássaro que canta no nascer do dia neste abismo que levou-me para lá da imensidão que esvazia a minha vida…
Ainda acordo por vezes com o sabor de te ter perdido , imagino-te na minha mente mas não é real…sonho acordado enquanto os sentidos organizam-se na visão das estrelas do meu olhar.
Cansado e ausente do meu corpo , perco-me por abandonos despidos de pudor e preconceito…picadas no meu corpo e pele vermelha de dor , acalmo-me para abrandar a sua reacção…mas que fica após a solidão ?

Será uma oração nas mantas do coração ou apenas a dor de ficar sem a tua mão…

Sentidos perdidos os meus…não quero voltar a sentir esse sabor enquanto tento levantar-me nas rochas perdidas na floresta , nada move-se a não ser os cânticos e vozes da igreja…podia o vento levar-te para longe mas a mente pesada bloqueia as estradas de alcatrão sujo.

Vagueio e vagueio sem encontrar respostas , sentidos e oportunidades…agarro-me aos prazeres que alimentam a minha realidade do Homem que fui e já não sou…viajo ao lado do Homem que um dia foi…esse Homem é o meu avo que sempre me acompanhou.

Pela estrada continuamos mas nunca percebi o seu olhar…mas minto ao dizer , pois já o vi a chorar.

Doente talvez continue mas nunca será mais forte que o meu viver , no dia em que morrer nunca te irei esquecer…agora unidos que força foi essa que nos juntou ?

Gostava de partir com o sabor da gloria , amar novamente e fazer parte da historia…

Preciso de mim , preciso de ti…mas não te encontro.

Entre a fobia e o medo sou a morte que ainda vive que por algum motivo sobrevive.

quinta-feira, 9 de abril de 2009



Gatos atentos fixam o olhar e sentem o cheiro da noite e do luar
escondem-se à espreita do assassino...

Caminham pelos muros sem hesitar , sem perdão
nem solidão advinham a chorar...
pela eterna noite sem pensar
que chegue a alvorada abraçar...

Embarcado...

Fecha o circulo , atento ao olho de vitral que quebra os contornos aveludados em pedaços de Cristal.

quarta-feira, 8 de abril de 2009