quinta-feira, 30 de abril de 2009

Fluidos da vida


Demasiado velho...demasiado tarde.

Jovem...muito jovem , livre e preso nos sonhos...
Nesta eterna juventude a que chamo a mais estranha forma de vida.

Nada dura...nada pesa.

Renasce os nossos pensamentos em quartos fechados...
a chave perdida é difícil de encontrar , lembra-te que acabas-te de a engolir.

O corpo trabalha...as veias gritam.

É triste saber que estou longe de chegar ao ponto que quero
estou tão longe e aparte deste Mundo e Sociedade...
procuro constantemente por algo que me alimente , aos poucos vai-se escapando do meu coração o amor que procuro...talvez esteja a esquecer o passado dum amor perdido.

Nada procuro , nada sinto...
mas gostava de voltar aos dias do meu orgulho , sentir-me bem ao vaguear sozinho
sentir a noite e ouvir o som da minha chegada...o vazio da vida.

Por momentos vejo algo surgir...
talvez esteja a voltar novamente os sentimentos perdidos
preciso de mais forças para continuar.
A mulher que não me diz nada...o seu rosto a sua alma , estou ausente de carência
é como uma doença...febre de prazer fisiológica.

Gostava de parar por momentos e olhar para os olhos de alguém...
sentir um pouco de toque real , mas é tarde para surgir novamente algo puro.
Gostava de dar mais...mas é difícil
a fragilidade dos dias , os pensamentos inseguros , o medo do que já prevejo
ou aquilo que vou sentir sem controlar os impulsos do meu corpo.

Ao menos algo já vai fluindo naturalmente...
é bom sinal mais sei o quanto custa permanecer nesse estado gratificante.
Deitado , sempre deitado numa esperança duradoura da alma...
da vida que quero ter...do Homem que sou feito com o decorrer dos anos
numa conquista sem nome e identidade ou razão do sentido das coisas.

Sinto que já nada é como dantes , é difícil...impossível
de realizar novamente sonhos e memorias desfeitas.
Que o vento as leve neste meu sopro como uma mensagem de socorro ao Amor...
ternura...aceitação , Amizade e identificação com o meu ser.

Espero...não quero alcançar.

Só quero ficar e deixar-me ir por um reflexo solar na agua calma ao entardecer...

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