quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Brisas efémeras



Deitado no chão sinto a brisa que passa por entre as vegetações calmas...
Elas lançam-se ao meu olhar...
sinto um certo sabor de partida mas um sentimento me mantém vivo
Uma esperança que surge nos meus actos de dor.

Um corpo dorido e imóvel , pés em terra firme e gelada
Apelando nas mais altas colinas do pensamento...

Ainda é negro o meu caminho...
Pálido olhar ao espelho...
Nos contornos pretos de morte
Respiro ansiando a noite.

Belo , Puro...Amor...tão puro que acaba por se tornar podre
E Morre como qualquer outro sentimento...
Amor...

É tão simples como um livro solitário à espera de ser lido
Tão simples como um caderno que precisa de ser escrito

É tão simples

Uma realidade tornada a mentira...
Uma mentira tornada realidade...

E GRITO ELA ESTA VIVA !

Oh lamento tanto pela ignorância do meu caralho...

Penas leves seguram pesadas mentes...
A melodia é escassa quando a dor se apodera de nós...
Um Mundo desfeito em diarreias mentais
Pesadelos nas ruas amarguradas de solidão...

Sinto a podridão no tecido da minha pele
Como o sangue fervente da noite...
Oh gato sereno...porque olhas para mim ?
Invejo o teu equilibro nas cordas finas do teu olhar...

Detritos da mente...a minha alma esta selada.

Vamos Amor...celebrar para uma floresta nua
Aqui é escuro e silencioso...
Porque falas baixinho ao meu ouvido?
As árvores são testemunhas e guardam segredo dos nossos medos profundos.

Vamos...
Caminha por entre esta terra e deixa fluir o teu corpo
Por entre duras rochas no teu caminho...

Eu espero por ti...

Para cada topo existe uma queda que nos faz levantar de novo...
Conseguiremos alcançar o topo?
Aos olhos da Mulher tudo tem definição
Mas pouca é a calma nas suaves mentiras...

A brisa suave desfaz-se em pensamento...

Tudo é efémero.

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