terça-feira, 22 de setembro de 2009

Após a morte

A busca da paz no rochedo solitário...ao longe nasce a idade das trevas que nos guia em direcção ao inferno , num repouso de sol posto encontramos a escadaria...surge no pensamento...como será a vida após a morte?
Bem no fundo ardem chamas executando o sacrifício das almas...
Sub-solo onde habita o diabo , criador das visões do inferno fazendo-me tremer as entranhas.

Oh!
Abandonai toda a esperança a vós que entrais...

As galerias circundantes e os corpos da tortura...

Desejam uma alma resgatada?

Então terão de pagar , são as consequências dos pecados...

Exércitos de demónios por toda a parte...é uma PESTE!

Oh!

UM CORPO A SER ASSADO NO ESPETO...MOEDAS LANÇADAS NAS BOCAS LUXURIANTES...ENGULAM PARA FICAREM BEM CHEIOS ESCRAVOS DE MERDA !

EU SOU O ESQUELETO OCO DA AVAREZA...

Vomito o verde nas cascatas condutoras ao seguir o paraíso...é hora de regressar á Terra.
A Serpente balança na árvore do conhecimento enquanto o Homem trabalha e a PUTA Mulher dá á luz...
Perversa raça humana na busca da vida eterna em dividas de sangue nas palmas das minha mãos...
Preciso da agua divinatória...pois o destino foi me reservado...JULGUEM-ME E SERÃO CONDENADOS.

Parabéns ! Almas boas mas imperfeitas as vossas...ainda é longo o vosso caminho até ao Juízo final...

Podem sempre recordar a morte no arco-íris do julgamento...podem ver do cimo os corpos a elevarem-se do chão...é uma dor antecedente na predestinação do mal...é o Inferno vivo da Terra.

O vazio é constante , julgo ter-me perdido nas minhas próprias palavras...

Existem coisas que não voltaram mais atrás...e eu serei sempre a pedra lançada , a palavras dita e uma oportunidade perdida.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Dimensões desconhecidas

A minha escrita santificada e repousada nos cantos sombrios da escuridão...
Uma protecção capaz de iluminar o sentido da vida ao acordar num Mundo distante.
No sono profundo aguardam-se novas ideias , estarei a sonhar ?

Descobri que os sonhos fazem despertar a alma e sentimentos...

Na vida "real" existe formas de alimentar a pobre alma...

Descobri que a dor pode fortalecer o espírito...será ?

Organizo as ideias e dou por mim na dimensão desconhecida do pensamento e recordações , vivências por lugares nunca antes navegados...rostos surgem sem identificação e o meu corpo treme impotente e fraco...é o medo que me prende solenemente.

Estou numa catedral...
O belo silencio e o manto vermelho criam nostalgia no meu olhar...
Numa fraqueza tento perceber o que figura de capa vermelha pretende de mim !

Lugares perdidos num sol reflectido e angustiado...é a perda o meu lugar sentado no altar.
Ao olhar em redor dou por mim ao teu lado...estavas tão perto mas tão distante do que sinto...

A tua ausência
A tua insignificância
O desprezo no teu rosto desfigurado...

Mesmo fraco queria ter a tua atenção e amor
Foi apenas um sonho...
Foi apenas um alimento ilusório para enganar a alma e o significado de ser eterno...

O sonho acaba...e eu amei-te por momentos.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Eu escolhi...

Segue os meus olhos...
Não consigo lembrar-me , estou escondido na estrada...
A sanidade desfoca no profundo do meu ser.

Como sons descendentes a correrem nas minhas veias finas
Abraço os meus pulsos finos de saudade...
Perco a clareza e o sentido das palavras
Aquelas que aclamavas no teu interior
Chamando por mim nas horas frias do teu coração.

Era eu...

Fui eu que escolhi o abismo !
Aguas calmas correm junto aos nossos corpos repousados...

Que corpo gelado era o meu?
Que respiração a minha na cidade perdida ao caminhar...
Que mão segurava a tua?
Era a mão e a ilusão dum amor eterno.

Afasto-me cada vez mais...

É o fim...

Pesadelo criado na minha imagem
Viro as costas ao Mundo...
Pois não dou nem transmito sentimento
Sou um palhaço que dança em frente da morte...
Ela sorri tornando-se a minha única companheira.

A vida passa...é tarde , sempre o foi.
Assim continuara a ser neste vazio sem sentido
Odeio-me na manhã e encontro-me no renascer da noite...
O meu olhar fecha-se no pensamento das ilusões...

Não preciso de mim...nem de ti...nem de ninguém.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Brisas efémeras



Deitado no chão sinto a brisa que passa por entre as vegetações calmas...
Elas lançam-se ao meu olhar...
sinto um certo sabor de partida mas um sentimento me mantém vivo
Uma esperança que surge nos meus actos de dor.

Um corpo dorido e imóvel , pés em terra firme e gelada
Apelando nas mais altas colinas do pensamento...

Ainda é negro o meu caminho...
Pálido olhar ao espelho...
Nos contornos pretos de morte
Respiro ansiando a noite.

Belo , Puro...Amor...tão puro que acaba por se tornar podre
E Morre como qualquer outro sentimento...
Amor...

É tão simples como um livro solitário à espera de ser lido
Tão simples como um caderno que precisa de ser escrito

É tão simples

Uma realidade tornada a mentira...
Uma mentira tornada realidade...

E GRITO ELA ESTA VIVA !

Oh lamento tanto pela ignorância do meu caralho...

Penas leves seguram pesadas mentes...
A melodia é escassa quando a dor se apodera de nós...
Um Mundo desfeito em diarreias mentais
Pesadelos nas ruas amarguradas de solidão...

Sinto a podridão no tecido da minha pele
Como o sangue fervente da noite...
Oh gato sereno...porque olhas para mim ?
Invejo o teu equilibro nas cordas finas do teu olhar...

Detritos da mente...a minha alma esta selada.

Vamos Amor...celebrar para uma floresta nua
Aqui é escuro e silencioso...
Porque falas baixinho ao meu ouvido?
As árvores são testemunhas e guardam segredo dos nossos medos profundos.

Vamos...
Caminha por entre esta terra e deixa fluir o teu corpo
Por entre duras rochas no teu caminho...

Eu espero por ti...

Para cada topo existe uma queda que nos faz levantar de novo...
Conseguiremos alcançar o topo?
Aos olhos da Mulher tudo tem definição
Mas pouca é a calma nas suaves mentiras...

A brisa suave desfaz-se em pensamento...

Tudo é efémero.