segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Silêncios de morte

Insólito solo que alimenta as minhas assas...
A pele suave que agarra a minha queda...segura e perfeita !
No vazio desconhecido...
Vento acidental que empurra o meu corpo para uma refeição fácil.

Podia eu !

Sentir Dor...

Desespero...

Tornei-me num ser , esquecido nas minhas próprias frustrações
Acordo...durmo...sobrevivo ao som da melodia da vida...

Vida !
Sim...um corpo que me mantém vivo
Mas desconectado com os ambientes envolventes.

Esta rua da minha imaginação
Tento sentir sabores e cheiros distantes
Um corpo livre na doença...
Numa alma tão gasta...

Desgastada !

Seria sempre melhor que perdida...

Estou preso no meu próprio escuro...
Por vezes nem o medo se reconhece !
Os espelhos que se espalham pela casa...
Poderia eu contar as vezes que me olho...
Mas que não me vejo.

No romper da aurora...
Homens fortes trabalham..antes da chuva anunciada
E eu observo pela janela...uma vida que se foi
Aprisionada...

Consciente ciente da razão...
Poderia ter eu a tua mão !
Mas esqueci-me dos pesos e forças
Que me levam à solidão...

Força...
Psicológica dor ao tentar virar as costas ao Mundo...
O poço da tortura...
Ventos deslumbrantes
Na minha loucura.

Saudável...é como linhas da vida
Escritas em linhas perfeitas...
Essas Linhas...são silêncios de morte !

Passeio ao luar...
Uma vida poderia eu criar...
Mas é tarde para começar
Aquilo que nunca vou acabar.

Seria belo caminhar juntos um ao outro...
O Mundo oferece-nos tudo para que o possamos sentir....
Mas será sempre uma fuga eterna dos sentidos da mente.

Tudo se escapa por debaixo dos meus pés...

Eu tento , mas nada posso fazer...
Só me resta perder...
Por vezes cair...
Voltar a erguer...
Nunca esquecer e sim aprender.

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