Insólito solo que alimenta as minhas assas...
A pele suave que agarra a minha queda...segura e perfeita !
No vazio desconhecido...
Vento acidental que empurra o meu corpo para uma refeição fácil.
Podia eu !
Sentir Dor...
Desespero...
Tornei-me num ser , esquecido nas minhas próprias frustrações
Acordo...durmo...sobrevivo ao som da melodia da vida...
Vida !
Sim...um corpo que me mantém vivo
Mas desconectado com os ambientes envolventes.
Esta rua da minha imaginação
Tento sentir sabores e cheiros distantes
Um corpo livre na doença...
Numa alma tão gasta...
Desgastada !
Seria sempre melhor que perdida...
Estou preso no meu próprio escuro...
Por vezes nem o medo se reconhece !
Os espelhos que se espalham pela casa...
Poderia eu contar as vezes que me olho...
Mas que não me vejo.
No romper da aurora...
Homens fortes trabalham..antes da chuva anunciada
E eu observo pela janela...uma vida que se foi
Aprisionada...
Consciente ciente da razão...
Poderia ter eu a tua mão !
Mas esqueci-me dos pesos e forças
Que me levam à solidão...
Força...
Psicológica dor ao tentar virar as costas ao Mundo...
O poço da tortura...
Ventos deslumbrantes
Na minha loucura.
Saudável...é como linhas da vida
Escritas em linhas perfeitas...
Essas Linhas...são silêncios de morte !
Passeio ao luar...
Uma vida poderia eu criar...
Mas é tarde para começar
Aquilo que nunca vou acabar.
Seria belo caminhar juntos um ao outro...
O Mundo oferece-nos tudo para que o possamos sentir....
Mas será sempre uma fuga eterna dos sentidos da mente.
Tudo se escapa por debaixo dos meus pés...
Eu tento , mas nada posso fazer...
Só me resta perder...
Por vezes cair...
Voltar a erguer...
Nunca esquecer e sim aprender.
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