sábado, 8 de agosto de 2009

Rosto da noite

Rosto...
Abrigo pálido na superfície duma vela
O silencio belo...
Uma energia que falha na sua propria luz.

Fogo...

Essa luz solitária que lança sombras ao meu olhar
Um anjo visível na sua forma e sentimentos
Nas pontas dum quarto fechado.

Silencio de morte...fé ou vida ?

Neste calmo e solitário silencio...
O nosso corpo podemos ouvir
Mas vozes não podem sentir
Quando a alma não quer surgir.

A luz duma vela !

Ela treme quando algo falha em belas danças numa só chama...
São nervos de dor...
Acariciada na sua superfície abrigada.

Quando o vento calmo deixar de passar por ti
Podes aos poucos baixar a tua chama e permanecer perto de mim...

Pela noite adormecida são lançados delicados fumos escondidos...
Eles cegam...
Mas não serão mais fortes que aqueles que matam.

Gostava de ser como tu chama...

Consegues ser bela e perfeita...
Quando mantens o teu equilíbrio natural
Pois és chama e fogo...no escuro invejada...

Chamo por ti quando as trevas por mim se espalham..
Mas esqueço-te num sopro final
Guardo-te neste fundo triste...

Só e apagada.

2 comentários:

Anónimo disse...

adorei!

adoro velas...perfumadas sobretudo...mas contemplar a sua chama é viajar, evocar luz e magia, simplesmente estar de um modo diferente.

bom domingo para ti

Anónimo disse...

Quando o vento calmo deixar de passar por ti
Podes aos poucos baixar a tua chama e permanecer perto de mim...

gostei mt deste excerto