sábado, 4 de julho de 2009

O divino invejoso


Lugar distante , perto do meu olhar assustado...
Sons desvanecidos no final da rua
Limpa e imóvel como um corpo deitado
Na calçada fria e imperfeita...

Não tenho recordação dos dias e horas que se seguem...

Nada funciona no inconstante e paralisado estômago solitário...

Medo controlado num suave respirar...
Doce ilusória existência.

Anjos divididos nas suas funções protectoras aos olhos de Deus...
Ordem e virtude universal !
Nas terras e igrejas encontram-se animais escondidos nos cantos sagrados...

Agora oiço as suas vozes...

Não tenhas medo !

Será possível um demónio ir para o inferno?

Pedra esculpida as olhos da humanidade...

Espíritos sem Corpo !

A resposta não parece ser assim tão simples...

Anjos demoníacos despidos na sua forma Masculina
Sexo com seres humanos dando prazer ao seu próprio mal
Caído no orgulho divino...

Homem cabra !

Mulher sem forma !
És mensageira e destruidora da terra...

OLHA PARA MIM VACA DE MERDA !

Perigo nos teus olhos que não escondem a tua verdadeira mascara...
Mostra-te para puder ver esses teus peitos...
Contornos pretos sujos que chupo sem rancor.

Noite...

A luz que acompanha a sombra da minha escrita...
Permaneço junto a quem me quer ler !
Odeio-te mas preciso de ti
Mesmo sem te puder ver.

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