terça-feira, 23 de junho de 2009
Miragem
Saio para a rua...
O calor aclama a vinda do suor do meu rosto
Gotas de doença escorrem
Pela minha pela amarela e amarga...
A minha visão desfocada...
No meu olhar visualizo manchas pretas
Que se deslocam em varias direcções.
Que espaço é este ?
Que dia e hora...
Ando por destinos curtos
Na esperança que o meu corpo
Sinta-se bem ao chegar.
Pessoas insignificantes...
Queria encontrar algo estranho e diferente
Algo que se identifique comigo...
Mas só encontro merda e manias !
Seres Humanos filhos da puta...
Cínicos
Doentes
Gente comum inimiga do meu eu...
Nada valem...nada sabem.
Vivem apenas em função da sociedade que lhes é imposta.
Eu não estou num Mundo além...
Tenho os pés assentes na terra !
Um corpo que carrego num peso
Total de insignificância com a humanidade.
Olhem para mim !
Analisei-me e depois saiam da frente
Cambada de escravos !
Seres automatizados e ignorantes.
Só quero quem me pertença !
Só quero quem me despreza !
Nas suaves mentiras de dor e tristeza...
Perdi-me nos suaves sentidos da minha pressão
Que não deixa fluir a pessoa que realmente sou.
Não quero a despersonalização...
Eu sei o que esta cá dentro
Eu sei quem sou...
Quando me encontro solitário
Nas noites companheiras sem ruído...
MERDA !
NOITES
DIAS
ANOS
BELEZA !
Horrível...parasita triste e ansioso !
Atrás das estrelas radioso...
Frio...calor
Suor nas varandas derretidas e pálidas
Balançar dos meus passos falsos
Em queda livre...
GRITAAA !
Anda na rua preta...
Vê os teus passos luxuriantes !
Objectos a serem lavados...limpos e secos
Como a minha boca porca de geleia real.
AHHH !
Esconde esses peitos ! mostra-me o teu olhar...
Esconde esse Sexo ! mostra-me os teus lábios...
Esconde esse corpo ! mostra-me a tua alma...
Dorme num pântano calmo...
Sonha num sofá confortável
Acorda e lê um salmo
Vive no topo da cascavel
Ela sabe que direcção tomar...
Leva-te por rios desconhecidos
Num cântico ao passar a margem...
Sentes medo ?
Já tivemos do outro lado selvagem da vida...
Vivemos o amor juntos...
O Rio é testemunha dos sentimentos registados
Num lugar e tempo...
Vem-te nesse Homem , admira o seu corpo...
Sente orgulho e chora ao seu ombro...
Esquece que eu existe uma vez na tua vida.
Ama...cria...constrói a felicidade !
Eu fui uma miragem...
Mas continuo a ser um pedaço quebrado...
Quebrado de amor...que viste partir.
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1 comentário:
o poema está mt gosto mas só gostei a partir desta parte:
Sentes medo ?
Já tivemos do outro lado selvagem da vida...
Vivemos o amor juntos...
O Rio é testemunha dos sentimentos registados
Num lugar e tempo...
Vem-te nesse Homem , admira o seu corpo...
Sente orgulho e chora ao seu ombro...
Esquece que eu existe uma vez na tua vida.
Ama...cria...constrói a felicidade !
Eu fui uma miragem...
e lembrei-me de nihilismo de nietsche e da metáfora do super-homem :)
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