quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Escritos


Os ventos sopram nesta manhã intensa e nublosa no alto da montanha solitária e triste como o irromper da aurora , guio por estas estradas de visão fosca e decadente na mais pura silenciosa mente vazia e entorpecida...acompanha-me ó rapariga nesta minha jornada por medos desconhecidos no teu olhar tão negro envolto do meu identificado por almas esquecidas.

Concedo-te as minhas palavras...serei eu sempre um homem de palavra ?

Amo a tua húmida face oculta na derradeira estrada molhada por entre vísceras do desconhecido...pórticos do medo são o meu norte no teu rosto reflectido por quartos onde todas as coisas jazem...és a minha puta selvagem...delicada , cega dum olho e prisioneira dos meus sonhos que toda a verdade ilumina , podia eu olhar em redor assustado pelo submundo dos bosques mas apenas quero parar por momentos e dar forma ao mundo que navegamos , estaremos nós raramente enrolados no sonho da madrugada tão clara como a pálida noite escura...?

Relembro o contra-senso do teu sorriso temendo a morte por horas incertas nestas melodias que nos perseguem...são os sons das águas virgens no horizonte...perdas e danças mortuárias penetrantes de contradição , elementos da terra recolham-me por mantos de eternidade negra e profunda enquanto as minhas vestes são enterradas no reino dos ossos.

Ó rapariga...Ó mente atormentada...por isso a obsessão pelas palavras e prosas do infortúnio da minha impaciência...um dia me curarão de sabedoria...luxúria e romance frase após frase...lamentos.

Puxa-me de novo !
Faz-me sentir abraçado...
Volto para o teu túmulo...cá fora a festa continua uma merda meu amor.

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