sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Olhos vendados

Mente pesada
Olhar esgotado
Revolta e ira
Luar amado...

O fumo eleva-se no cimo dos corredores solitários ...
Tapetes silenciosos aconchegam os meus passos lentos,atrás de mim encontra-se um vasto desfocar da visão em portas e quartos secretos de paixão.

Almas perdidas destroçadas pelo tempo que as levou,lembranças e recordações desfeitas em pedaços de cristal na agua reflectida em cada canto só.
Rumos desconhecidos soprados por um vento calmo orientando-me por um caminho livre e sem destino...assim espero pelo abraço terno que envolve a noite.

Sem rosto...
Sem toque...
Eu não encontro a melodia perfeita no meu pensamento
Sem espaço nem tempo
Tudo caí no esquecimento.

As chamas dos sentimentos ardem fazendo cada lágrima secar ou ferver de dor,mas eu sou tão
pequeno e frio...arrasto-me constantemente para labirintos de incerteza e perco-me por veias pretas congelando olhares assustados...

As subtis pegadas na neve fresca aclamam baixinho o guardião da minha sanidade...

Tenho um pulso tão fino...
Tenho um braço tão leve...

As cortinas do tempo fecham-se nos meus olhos vendados...
Domino a dor os cortes e vidros quebrados...

Os palcos são surreais...
A luta das marionetas velhas
Cada fio um movimento num gesto de sofrimento...
Olhos vendados numa alma inibidora
Atado em frente ao publico !
Só penso em ti minha musa inspiradora.

Podemos rir...
Podemos Gozar...
Aproveitem esta ultima actuação , pois quando o pano vermelho descer...a festa acabará para toda a gente.

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