sábado, 10 de dezembro de 2016

O Cais da desgraça

Vivendo nas profundezas como memoria de peixe...alimentando-se da solidão esperando as horas mortas vagas no seu coração , correntes do sub-solo acumulando tristeza pelos cantos da eternidade dum malfeitor e suas entranhas de sufoco , sou a merda terrestre que ninguém quer...não me afundo.

Descanso em paz a minha mente...talvez seja apenas um sonho ou uma vida sendo essa certamente como mar...sem repousar e sempre com as suas voltas e circuitos de maldição que nos puxa para dentro dele envolto de verdade e razão profunda de alguma existência , espumando raiva e ódio sou abruptamente sucumbido para longe do meu orgulho deixando-me livre mas solitário... fraco e com olhos esmorecidos sem puder alcançar algum tipo de horizonte.

A mesma visão de uma alma atormentada e prisioneira de sonhos perdidos...cais da desgraça entre gaivotas pacificas e sem sentimento esperando alcançar um farol perdido ao entardecer.

Esses dias cinzentos frios de apatia e falta de gloria conduzem-nos aos pensamentos fracassados de tédio sem nenhuma identidade toque ou afeto...pessoas que desistem , talvez sempre tentaram por tempos incertos revelando-nos cada vez mais a constante decadência da condição humana...desvanecida no final por entre brumas e memorias.

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