domingo, 26 de julho de 2009

Mentes aprisionadas

Os teus olhos brilhantes...

Eu vejo o brilho , eu sinto o teu prazer enquanto penetro na tua alma...

O nosso Amor crescente...
A pele que sinto enquanto adormeces no sono da verdade...
Acordas ao meu lado...
Olhas-me no infinito e respiras sem pecado
No eterno sabor do tempo.

E nos teus olhos ?
Conseguia eu ler os momentos de Amor eterno...
mas a distancia criava os caminhos dum fim próximo.

Eu tive a tua mão...
O teu corpo
O teu coração
Agora sozinho só me resta a solidão...

Longe...
Ainda sinto memorias aprisionadas !
Será assim até ao fim...
Será assim a minha história...

Tentei...

Desisto ?

Porque antes de te perder eu próprio perdido estava...
E assim perdido nos teus braços me encontrei.

O rosto...
A espera...
As viagens...
O frio...
A resistência...
A dor...

O Amor...Fim que gira em torno das horas perdidas.

sábado, 25 de julho de 2009

Pálidas dores

A tarde chega...

Com ela vem o horizonte doente no meu pálido olhar...
Desce aquele sol que não vejo...esconde-se atrás da noite
As luzes desfocadas no pulsar da minha mente.

Ando e respiro...penso mas não sinto.

Frio estranho ansiando a noite frágil
Nas minhas preces em cantos perdidos...

Pálido...

Este olhar que se modifica conforme as emoções aprisionadas...
Amarelo doente e preto...
O Mundo longe dos meus sentidos.

Agora pequenas e molhadas lágrimas
Surgem na margem dos meus olhos
Acabou-se os dias e anos pelos quais sempre esperei errar.

A nicotina aprisionada no meu corpo...
O vazio preenchido no próprio vazio
Que se afunda a cada caminho que percorro na escuridão.

Tanta luz para uma só sombra...
Tanto calor para um só corpo...
Tanto Amor escondido para dar...
Neste fim que cansa em chegar.

Sentir o sono verdadeiro é tão difícil...

Eu não luto...nem sou ninguém.

Esperando o que não chega no limiar das minhas forças !
Perdi a vida ?
Será que amei...
Talvez um dia te encontrarei...
Nas mais pálidas dores...lutarei.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Objectos animados

Bebe !

Copa Rosa...

Eu bebo a madrugada fria...e as ruas esperam por mim...
Lembrança e recordação dum passado acidental.

Objecto animado !

Ele encontra-se na minha casa...

Tu bebes-te o objecto do Amor e eu caí...
No sabor amargo do meu veneno.

Corpo !
Cama !
Sexo !
Amor...

A tua figura repousada no prazer...
A minha doença distante...
Tempo esgotado...partida ansiada.

Curto e longo !

Caminhos...
Sempre trilhos difíceis
Quando a busca representa o idealizado dissabor da perda.

Perda !
Caminho !
Busca !
Dissabor...

Chego de viagem ao encontro da perdição...
Encontro o Amor...
Alcançado na ilusão realista da verdade.

Ao longe a escuridão
Representa a luz escondida
Perto da solidão...
A realidade a vida...despedida.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

A tua direcção

Gostava de puder sentir...

Longe estou do teu toque...mas gostava de puder sentir.

Noites de outrora como sentimento...
Esperando a aurora e o meu primeiro Amor...
As vezes surgem lágrimas acumuladas
No interior dos meus sentimentos.

Só...encontro-me com o vento...
Que faz deslizar a janela calma no ruído da sanidade.

Conta-me um pouco dos teus sonhos...

Conta-me aquilo que te faz sofrer...

Esconde...que eu encontro os teus segredos ocultos.

Nada te posso dar Mulher...

Eu perdi !

Perdi...
Perdi...
Perdi...

E não quero voltar a perder-te.

A magia de ser único...
O sentimento que se apodera de mim !
Dum Amor que não entendi....

Nada voltará a ser no meu pensar doente...

O Medo !
Que sinto a cada hora do fim...
Que parece estar sempre próximo...

É tarde mas nada sou...
É tarde...
O tempo declarou o secreto destino !
Dos meus caminhos isolados.

A pele ao sabor da emoção...a tua direcção...longe da minha visão.

Silêncio !

É difícil escrever sem te puder ler...

Silêncio do meu coração...
E deixemos que o sussurrar da noite
Nos guie ao encontro um do outro
Nas Garras e Assas da aparição.

domingo, 5 de julho de 2009

Gestos profundos

MULHER

Perigo no seu olhar e no seu corpo...

Olhos que não mentem o seu bem e o seu mal
Sentem os prazeres escondidos
Nas profundezas dos seus gestos...

Mulher Humana de rosto carente...

Pensamentos inconstantes...
Na busca das qualidades ilusórias para com a vida
Eterna procura da protecção perdida
No desespero dos seus ideais...

Mulher que analisa e esconde
Mulher que sente
Mesmo quando esta ausente
Revela sinais mas mente.

Anda nas ruas e sente-se perdida...
Nunca desiste perante o desafio
Faz-se de forte e chora no final de cada dia...
Sabe que a coragem é um obstáculo inimigo do seu ser.

Mas anda pela estrada sem nunca lamentar...

Confusa...
Busca confiança nos confins da solidão
É como uma estrela que brilha de Amor e Paixão...

O seu nome eu sei qual é...!

É a Mulher que tu não vês...

Mais transparente que o seu reflexo...
Quebrado nos espelhos da sua idade.

Mulher é...e sempre será !

A continua descoberta...

O que realmente é...deseja ou quer...

MULHER...nem ela sabe.

Aguenta...dorme no chão...cultiva a sua ignorância
Liberta-se...perde-se...olhos inchados...
Os sofrimentos de MULHER.

sábado, 4 de julho de 2009

O divino invejoso


Lugar distante , perto do meu olhar assustado...
Sons desvanecidos no final da rua
Limpa e imóvel como um corpo deitado
Na calçada fria e imperfeita...

Não tenho recordação dos dias e horas que se seguem...

Nada funciona no inconstante e paralisado estômago solitário...

Medo controlado num suave respirar...
Doce ilusória existência.

Anjos divididos nas suas funções protectoras aos olhos de Deus...
Ordem e virtude universal !
Nas terras e igrejas encontram-se animais escondidos nos cantos sagrados...

Agora oiço as suas vozes...

Não tenhas medo !

Será possível um demónio ir para o inferno?

Pedra esculpida as olhos da humanidade...

Espíritos sem Corpo !

A resposta não parece ser assim tão simples...

Anjos demoníacos despidos na sua forma Masculina
Sexo com seres humanos dando prazer ao seu próprio mal
Caído no orgulho divino...

Homem cabra !

Mulher sem forma !
És mensageira e destruidora da terra...

OLHA PARA MIM VACA DE MERDA !

Perigo nos teus olhos que não escondem a tua verdadeira mascara...
Mostra-te para puder ver esses teus peitos...
Contornos pretos sujos que chupo sem rancor.

Noite...

A luz que acompanha a sombra da minha escrita...
Permaneço junto a quem me quer ler !
Odeio-te mas preciso de ti
Mesmo sem te puder ver.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Circulo de fogo



Circulo este aonde nos encontramos...

Quem esta fora...
Quem esta dentro...

Fama e dinheiro , sentem o cheiro...?
trabalho sujo em lamas de sangue
crescem mãos inchadas em lagartos perdidos
mexendo as cabeças pegajosas...

cobra de um só olho...sinto pena mas é assim um meu sexo
querem um pouco de profanidade......
o meu nariz comprido não sente cheiro...
mas gosto do seu sabor
por vezes as orelhas também comem

Estamos sentados...
nenhum circulo se forma em nós
nem ligações ao laços de memorias passadas
mas em mim cresce sempre visões
na minha mente ingénua

O sub-consciente talvez esteja a actuar
no seu pecado que me leva a ser
um palhaço tristonho , patético e errante...
longe estão todos do meu pensamento
impregnados pelo cheiro que vos consomem delirantemente

Quem encontrara quem...
Quem se interessa pela morte...

Inimigos que são...unem forças
para jogar com as solitárias e abundantes
num campo de batalha sem dor nem sangue...
a febre cresce com a ganancia

A vida segue num perigo de morte sufocante...
evito escapar , mas espero impacientemente
que o cheiro em vocês se transforme
no fogo turbulento dos gritos profanos...

Olho e analiso cada um de vos
por enquanto ainda pagamos por tudo em terra
a força oculta que desconheço faz o serviço
sem perdão nem compaixão

O bolo é partido e repartido por todos...

DIVIDIDO

até já se apagaram as velas...
mesmo assim insatisfeitos reclamam....
talvez por magia um dia elas voltem
a acender-se com um sopro...

Banquetes que não terminam
assassinos ao ataque num grito de guerra
será que ainda não perceberam

Quem é o predador !
Círculos perfeitos numa dança de morte...

Romantismo da historia...
o clima altera-se com o avanço da sociedade
com ou sem premonição
surge a ânsia de vingança ao romper da aurora

Famílias vivendo em harmonia
com a natureza procurando a comida para o seu corpo...
é tão bonito...mas esquecem-se de alimentar a alma !

É triste mas é verdade...

O circulo fechou-se.