domingo, 24 de maio de 2009

Dor Animal


Fumar mata !
O Álcool mata !

Mas os terramotos e carroceis também...

Será que ninguém repara nas imagens ilustradas do mal quando a excitação é demasiada !
Será que ninguém percebe a sua beleza e obra...

Basta olhar !

Aonde se encontram as maquinas das feiticeiras que advinham o futuro ?

Eu quero uma Igreja...
Eu quero a salvação...
Eu quero arrancar o braço do menino jesus...

OHHHHHHH !

Eu quero que Deus me perdoe...

Animal que geme na estrada deitado...
Ferido e imóvel...
solta dores interiores num chamamento de socorro à humanidade.

Ao andar pela estrada , não me recordo do veiculo condutor...
Atentamente fixo os seus olhos ainda abertos
Acabados de renascer da sua morte fresca no asfalto quente.

OHHHHHHH...estradas em céu aberto !

Clima sombrio ao descer na visão deste pobre animal...

Geme...
Geme...
Geme...

A morte chega...eu tenho de partir e seguir viagem !
Eu tenho que soltar a raiva duma ferida sanguinária...
Provocada acidentalmente !

Raiva...Ódio...Amor !

Sexo...Noite...Olhar !

Acidentes com animais...Igrejas e cemitérios
Nas pálidas velas da oração em terras escondidas...
Vacas !
Vidros cortantes !
Mortes causadas apenas pela merda humana animalesca a que chamamos Homem...
O animal não tem culpa...
O animal sofre !

O louco não vê nem descreve a árvore à sua frente da mesma maneira que tu...

A Putinha !..........e o provocador.

Será que não percebes...

São rastos de pneus na estrada , são marcas de travagem do nosso Amor...
Eu não me queria rir...
Eu Amo-te !

Será que não percebes que nos perdemos numa vasta montanha
Por caminhos de terra e voltamos à dura estrada em direcção a casa...

Foi nesse dia que tudo mudou...
Foi nesse dia o aviso e o fim do nosso Amor...
Dia de viagem onde a chuva caia ferozmente !
Mantive sempre a minha firmeza e protegi-te dos teus medos...

A Igreja da aldeia toca as badaladas do fim dos tempos !
Ao acordar eu vi o teu sorriso á janela...estavas feliz...eu sei que sim.

As pessoas não querem as minhas palavras...
As pessoas não querem a minha pila...

AS PESSOAS QUEREM A MINHA MORTE !

E Eu...?
Não quero nem uma coisa nem outra...
Prefiro o teu sexo peludo...esse matagal !
Desconhecido que não deixa descobrir a ponta delicada das noites de prazer encontradas...

Na noite por cima de mim na sala dos vultos que passam em paredes brancas
Falavas da Possessão demoníaca do corpo , das mudanças da cor do olhar !

E eu...um dia podia rastejar sobre a terra
Encostar-me aos túmulos de pedra
Afastados da tua casa...
Podia pensar...
Esperar por ti...

Tu esperas por mim ?
Tu morrerias por mim ?

Foi belo...foi puro.

Mas

Acabou...

sábado, 23 de maio de 2009

Sem título...


Belo...bonito...

Sonho...realidade...pensamento !

Ao redor da casa giram fumos calmos e silenciosos...

O teu corpo...
O teu Olhar...
A tua figura...

Mas não importa...és bela !

Partículas de chuva miúda doentia...
Saio cá para fora após ter avistado ao longe o Monte da Lua !
Miragem coberta de preto...

Aclamo o tempo , invoco...

Doença deste céu desconhecido...amarelado e doente !

Abro os braços e fecho os olhos...

O meu cabelo seco e comprido aos poucos se transforma...
Na apática alma em pontas de chuva fina.

Negro envolto dos olhos assustados...eu também tenho medo !

Muito medo...

Mas não importa...és bela !

Diferente mas bela...
Real mas diferente...
Real...Feio e Belo !

Mulher tenho medo ! , já não posso sorrir...

Mas não importa ! eu Amo-te...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Perdidos no vento


Na companhia da TV das cores variáveis
Num quarto abençoado e calmo...
Jesus num canto sagrado vigia o meu corpo
Que jaza no reino do medo numa corda ao balançar pela noite...

Balança...dança atrás das cortinas brancas
Como crianças inocentes na minha visão...
Um pouco desfocada ao tentar conseguir alcançar muros...
Janelas imóveis no céu lunar por vezes iluminado...

A vida como afinação num candeeiro regular da minha mente...

Anjos...

Presos...

Correntes que sustentam o seu corpo sem asas...

Apenas resta um !

Algures parado no meu carro , permaneço quieto e pensativo...
O vento sopra neste dia e hora estranha...
Pássaros que passam na minha visão rápida !
Acompanhada num Mundo só meu...

Olhar atento !

O vento caminha em espaços livres...
Como a beleza duma rosa colorida duma só cor interior
Presa em gradeamentos de pontas afiadas !

A casa onde a loucura bateu à sua porta...
Estou apenas dois passos atrás do seu seguimento.

Desconectado...
Triste...não vejo o Mundo como dantes...
Apenas bastou uns minutos...
Para mudar a percepção dos meus sentidos !

Sentimentos e sensações...

Tento segurar as minhas pálpebras !
Que se fecham ao ritmo do sono que sinto...
Seguro a caneta nestas linhas perfeitas...no caderno que aparo.

O meu corpo seco precisa duma poça de agua...
Para criar lágrimas que pretendo soltar !
Estou cansado...não tenho a força...
Agarro-me a paixões ilusórias...
Para alimentar prazeres gratificantes.

O meu Mundo é diferente...Sou Humano !
Como tantos outros...mas perdi...
Perdi o sentido do tempo , da vida , dos dias...

Tenho medo que seja sempre tarde demais...

Tu não vens...

Tu não chegas...mas não faz mal !

Eu esperarei eternamente por ti.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Sangue gelado




Morto numa costa motivado pelo festim...
Dádivas danças na noite madrugadora...
Ataques com venenos ferrados na pele...
Ofensas e decapitações bizarras...
Loucas deslocações geladas nos chifres do unicórnio.

Misterioso...estranho ! Fodam-se todos...

Limitado nos rasgos da minha língua enganadora
Para afastar os meus inimigos...

CORRAM !

Saiam do portão enquanto é tempo...

Ajudem-me ! Fodam-se todos...

Sugadoras de sangue...Querem ?

Cabras , Ovelhas , Vacas !

Quero-me esconder na tua boca maliciosa...
Deixa-me Crescer...para me libertar da destruição !
Grutas...escondem-se parasitas alegres ao adormecer...

Silencio !

OS DENTES AFIADOS NÃO CAUSAM DOR...
NAS ASAS PRETAS SELVAGENS DO MEU RANCOR...

Tremo...

O sangue esta quente no meu corpo , mas tenho tanto frio...
Não percebo este coração independente...

TRATO-TE MAL ?

OH MENTE !

Trabalha para descobrir os caminhos iluminados...
Numa rua que não brilha...
Entre Deus e o Diabo...venha o animal e escolha !
Nunca tive asas , mas já voei bem alto...

A queda é..................e sempre será !

Amor estas tão frio !

Eu sei , são lágrimas minhas...

Amor estas tão gelado !

Eu sei , são lágrimas tuas...

Amor !

Eu sei , são lágrimas de sangue...

Desculpa a minha respiração irregular...
Ainda ouves o bater do meu coração enquanto durmo...
Sinto-me envergonhado...

Amavas-me...?

Fico ou vou...?

Eu fugi ! mas tu não conseguiste agarrar-me...

Desculpa...

Não consegui manter a chama em noites frias na tua cama.

sábado, 9 de maio de 2009

Dança severa


Mente descrente...
Ao cimo do penhasco , ando lentamente ao ritmo do passado.

Balanço e estremeço num raio de sol afastado...

Bate na face da minha sombra soluçada...

Vem...
Vem...

Vem como danças de amor...

Curva-te na forma do teu corpo...

Dança...
Dança...

Dança na minha frente...

Sexo peludo esconde orifícios de prazer...

Vem-te como a louca alma de Vénus...
Sente o sabor na tua língua...o Sexo invertebrado !

Dança...
Dança...

Ao som duma severa Medusa Arrepiante.

Monumentos de loucura


Vou a caminho movido pela força do ruído
Contínuo dos motores do autocarro...

A luz...
Não encontro , ela não existe neste espaço...
É negra e quente com janelas foscas pelas maus brancas
Em busca de auxilio.
Lentamente segue os nossos corpos em quatro rodas
A estrada quente...som de fundo dos pneus
No asfalto regular da mente Sã.

Estou a chegar...
Estou perto de alcançar o meu repouso merecido...
Sinto a terra a tremer...
Sinto as folhas a serem pisadas e quebradas...
Neste prenuncio silencioso e solitário de verão.

OH MEU DEUS !

Que miragem...que Monumento me mostras !
Muros brancos e janelas altas , portas gigantes !
Escadaria curta e piso plano para doentes mentais...
Humanamente perdidos no seu Mundo tolo desconhecido.

OH MEU DEUS !

É tão belo e só , escondido num canto só meu...
Esperei tanto tempo para me encontrar !
Com o teu castigo imposto sobre mim na Terra...

Sabes para onde estou a olhar ?
Sabes no que me estou a transformar ?

Olha a minha visão em frente a esta cura que me deste...

Um Sanatório...

Outrora rosa mas agora branco...
Estou curioso de saber...como será o seu interior !
O Tempo perdeu-se...erguem-se árvores à nossa frente...
Tapam e criam sombras nas paredes numeradas...

7 , 49 , 20 , 61 , 124...

Qual será o meu quarto...cela aprisionada na minha mente...
Corrente como a agua que um dia foi tão purificada
No meu corpo Jovem e alegre.
Podemos entrar , mas já não podemos sair...
Podemos sair...mudar mas nunca realmente ficar.

As cores não consigo alcançar...

Preto e Branco é perfeito...
Mas gostava de ver espectros dançantes
Quietos em sofás antigos como figuras de morte !
Nos meus pesadelos em tempo real...
Eles mal ou bem são a minha única companhia.

Ando lentamente pelos corredores adormecidos e escuros...
Luzes brancas intermitentes...
paredes gastas em sebo sujo pelas entranhas respiratórias...
Azulejos Frios...Correntes giratórias , o cheiro do metal...
Cortante e duro no toque das minhas mãos !

GRITOS DE DEMÊNCIA !

Na espiral da minha alma...gemidos de dor pálida no meu olhar.

Eu estou aqui , eu fico aqui...
Adormeço , descanso...

As vezes a melhor forma de permanecer são é ficar louco.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Sonhos dementes


Tenho medo...o corpo tenso no receio doente !
Sonho pouco racional...
Surgem imagens vindas sem sequência...
Surgem mistérios e códigos de demência...

VEIAS ! façam-me acreditar na minha vivência...façam-me chorar...
Preciso do suor e do calor ao acordar.
Ainda é cedo , sono leve na manhã que não sinto...
Qual será a fase em que a ilusão esta crente da sua realidade.

Que face busco ?

Será o rosto perdido...
Será o rosto escondido...
Serás tu ?

Adormeço vagamente ao sabor do inferno...
Calmo...
Devagar por cima de ti...acaricio os teus seios...
Puxo delicadamente os teus cabelos...
Beijo-te continuamente e faço Amor contigo.

Botas da tropa com atacadores desapertados.
Laçarotes presos atrás !
Estranho pavilhão...
Bancadas de pedra , avisto subir algo na minha frente...

TENHO MEDO DE TOCAR NESSE OBJECTO DESCONHECIDO !

Medo...Rostos familiares...
Homens que me parecem ser os furiosos do Rock.

Querem Juntar-se para me matar , eles são calculistas...
EU TAMBÉM !
Procuram o momento oportuno , não quero fugir !
Não posso fugir...

Agora acordei...é mais um dia para viver e acreditar que consigo sobreviver.

sábado, 2 de maio de 2009

A sombra não morre...

Encontrei a minha sombra perdida numa calçada por Lisboa...

Perguntei-lhe ! precisas de ajuda ?
Ela respondeu...faz-me um pouco de companhia amigo...
Respondi...lamento mas não posso , escolhe outro...
Que foi ! não gostas do que vês...

Desculpa tenho de ir , já fugi de ti há muito tempo...

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Rosto perdido


HORAS...estou aqui !

Surgi parado...
Perdi algo , estou a perder algo...

O caminho , tenho medo mas estou a avançar sem demora

Sou aquilo que vês , o toque sempre será frio...
Perdido e afastado...
venham descobrir o meu abrigo num porto escondido

Tantas coisas para ver...
Tantas coisas para saborear...
Tantas coisas para sentir...

Mas nenhuma aonde me agarrar...

Perdi algo...
Perdi algo...

O caminho são reflexos sob um vidro dum carro
Limpo e brilhante pelo o olhar das árvores...
Quero andar , mas não quero subir
Quero descer para voltar a cair
Ajuda-me a perder algo...
Ajuda-me a encontrar-me...

Mas perdi algo pelo caminho

Será sempre assim...sempre soube que sim
Um dia chegou o fim...

Perdi o teu rosto.